domingo, 15 de fevereiro de 2009

Santa Delphina (Alberto Furtado)

A estação de Santa Delphina foi aberta em 1880. O nome provinha de um córrego próximo, afluente do rio Preto. A linha corria nesse trecho na margem sul do rio Preto, que divide os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Provavelmente ainda nos tempos da E. F. Valenciana (antes de 1910) o nome foi alterado para Alberto Furtado, que era um dos engenheiros da ferrovia. "Meu bisavô se chamou José Martinho da Silva Barreto e era chefe desta estacao até o dia 20 de Agosto 1911. Este dia foi a morte dele, porque morreu numa explosão que aconteceu na estação. Como minha avô me contou, explodiu um trem completo cheio de dinamite e morreram muitas pessoas" (Martin Buck, 07/01/2007). "A antiga estação de Santa Delfina, no tempo da 'União Valenciana', foi pelos ares em 10 de julho de 1912 quando da explosão de um vagão de 5.000 kg, carregado de inflamáveis, que ali sofria descarga e conduzia grande quantidade de dinamite destinado à construção e prolongamento da linha férrea entre Rio Preto e Santa Rita do Jacutinga, no início. O estampido da explosão foi ouvido num raio de mais de 10 km. Pereceram no acidente o guarda-chaves e dois auxiliares, sendo um destes, o próprio filho do infeliz serventuário da estrada. Contam as testemunhas do desastre que, com a explosão, só ficaram de pé as paredes das cabeceiras do edifício, desprendendo-se, porém, todo o emboço das mesmas, exceto nos pontos em que, em ambas, havia a inscrição do nome da estação, o que foi atribuido a um milagre da santa do mesmo nome, enquanto que, os técnicos e os gnósticos atribuíram a efeitos da tinta a óleo" (Leoni Iorio - http://br.geocities.com/leoni_iorio). Em 1913, um novo prédio foi aberto para a estação exatamente para substituir o antigo, destruído pela explosão. Em 1928, na estação, "estava instalado um posto fluminense de vigia fiscal", visto que em frente a ela havia uma ponte interestadual metálica, sobre o rio Preto. A estação atendia à fazenda Bolívia, distante dela 18 km, em território mineiro e que possuía uma indústria de laticínios. Em 1970, o trecho foi extinto e a estação, desativada. A estação ainda está lá, e até que bem cuidada. Os tijolos que aparecem nas fotos mais recentes, segundo o pessoal dali, estavam apenas ali depositados - não eram um muro, como parece. A ponte citada em 1918 não existe mais. Desta estação em diante, sentido Parapeúna-Pentagna, o leito da ferrovia se afasta do rio Preto. (Fontes: Max Vasconcellos, Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Martin Buck, 2007; Jorge A. Ferreira Jr., 2006; Leoni Iorio - http://br.geocities.com/leoni_iorio ; Ralph e Ana Maria Giesbrecht, pesquisa local, 2008).
fonte: www.estacoesferroviarias.com.br

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